De porte pequeno, mas coragem de leão. Certamente você já encontrou um cãozinho valente e com cara de poucos amigos pelas ruas da cidade. Esse comportamento é típico dos baixinhos, mas poucos sabem o motivo. Descubra por que cães pequenos podem ser mais bravos!
Para entender essa atitude, devemos pensar do ponto de vista de um cachorro pequeno. Imagine viver em um mundo onde você é um dos menores e precisa erguer o pescoço para ver outros seres. Difícil e assustador, não é?
É comum – e engraçado – ver cachorrinhos enfrentando cães grandes enquanto passeiam pela coleira com o pai humano, mas para eles pode ser intimidador. Isso ocorre porque esses pets sofrem de um complexo canino de inferioridade, tornando-os mais defensivos.
Síndrome do cachorro pequeno
Você já ouviu falar da síndrome do cachorro pequeno? Embora seja apenas uma teoria, esse é o nome dado ao comportamento típico de raças pequenas que são ferozes e autoritárias para intimidar e não serem reprimidas por seu tamanho. Mesmo sem estudos que comprovem, muitos cachorrinhos são mais tensos que os de médio e grande porte.
Alguns acreditam que a síndrome está ligada ao desleixo na educação do pet. Por ser pequeno, muitos pais não impõem liderança e tratam o cão como um “bebê”, ou seja, um ser indefeso. Logo, o cachorro percebe a falta de liderança no lar e assume a responsabilidade de defender a família, vendo pessoas, objetos e outros pets como ameaças.
Cães pequenos podem ser mais bravos? Veja como ajudar o pet
Seu cãozinho é bastante nervoso e reage de maneira negativa ao mundo ao seu redor? Saiba que nem tudo está perdido! Há algumas coisas que podem – e devem – ser feitas pelos pais humanos a fim de ajudar o pet a se sentir mais confortável.
A primeira delas é ensinar a ele que, independentemente do seu tamanho, as pessoas são inofensivas e não causam nenhum tipo de mal, muito pelo contrário. Faça com que ele aceite que outros humanos, além da família, entrem em seu espaço.
Para isso, faça o seguinte exercício: se incline e dê ao pet com uma mão o petisco que ele mais gosta e o acaricie com a outra. Peça para as outras pessoas do lar repetirem o ato. Ao notar que cãozinho não reagiu de maneira agressiva, peça a alguns amigos que façam o
mesmo em sua casa.
Quando ele se acostumar a ser tocado por pessoas diferentes dentro do lar, repita o exercício com pessoas desconhecidas nas ruas. Lembre-se: pegue leve com o pet, afinal, qualidade é superior à quantidade.
Fazer um trabalho legal de socialização quando ele ainda é filhote pode ajudar – e muito – a fazer com que ele veja o mundo de uma forma diferente e entenda que não há motivos para temer (e menos ainda para agir de forma reativa).
Pets maiores
Se o seu peludinho estranha cães de médio e grande porte por aí, saiba que provavelmente ele se sente inseguro perto deles. Portanto, a ideia é fazer com que essa desconfiança se afaste do pet, e o reforço positivo é a melhor maneira. Durante um passeio, faça com que o peludo sinta-se a vontade, mesmo que hajam pets maiores ao redor.
Quando um grandalhão estiver por perto, acaricie o seu peludinho e dê um petisco a ele. Isso o ajudará a entender que estar perto de cães maiores não faz mal algum. Jamais ofereça o petisco se ele estiver se comportamento de forma inadequada, rosnando ou mostrando os dentes, por exemplo, pois isso pode agravar o problema.
É importante que os pais sempre defendam a segurança e o conforto dos cães. Entender os desejos e as necessidades deles é o caminho para acabar com comportamentos indesejados, além de ajudá-los a superar os desafios. Por mais que os peludinhos tenham muita coragem e disposição, o tamanho pode fazer com que vivam acanhados. Por isso, transmitir confiança é a melhor pedida!